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Catalytic Clothing: um vestido que purifica o ar

Moda sustentável não é feita, apenas, de materiais reutilizados ou pouca quantidade de matéria-prima. Um projeto das Universidades de Sheffield, Arts of London e do London College of Fashion chamado Catalytic Clothing* mostra que também é possível – e altamente benéfico para o meio ambiente e a saúde humana – criar materiais inteligentes e sustentáveis. Foi o que fizeram a designer Helen Storey e o químico Tony Ryan, os dois professores universitários. Eles desenvolveram um tecido que purifica o ar que respiramos.
A reação química que permite tal proeza vem dos fotocatalisadores, pequenas partículas que são incorporadas no tecido – como um aditivo – durante a sua fabricação. Nas lavagens, eles penetram na superfície da roupa. Quando a luz atinge os fotocatalisadores, seus elétrons reagem com as moléculas de oxigênio da atmosfera, dando origem a radicais livres. Esses radicais, por sua vez, quebram os poluentes do ar em substâncias químicas que não são nocivas à saúde. Quando, então, uma pessoa usar este vestido da foto, batizado de Herself, deixará um rastro de ar puro por onde passar. É pura química!
Os fotocatalisadores já são usados em outros materiais, como vidro, cimento e tinta, mas é a primeira vez que é aplicado em uma peça de roupa. No caso deste vestido, o professor Ryan chegou a declarar que seriam necessárias 10 milhões de pessoas para reduzir cerca de 10 toneladas de poluição em uma cidade grande como Londres. A peça ainda não é fabricada em larga escala. Mas caso chegue ao mercado, você acha que usaria para resolver o problema de poluição da sua cidade?



Viticultura traz impacto negativo ao ecossistema


Viticultura traz impacto negativo ao ecossistema

FELICITY BARRINGER
DO "NEW YORK TIMES"


Os enólogos vêm discutindo, há mais de uma década, o impacto das mudanças climáticas sobre as uvas. Agora, cientistas estão levantando uma nova pergunta: quando o cultivo de uvas é levado a novas áreas, supondo que as mudanças climáticas tenham deixado os habitats anteriores para a viticultura impróprios, quais serão os efeitos disso para os animais e as plantas dessas novas regiões? Haverá um conflito entre o prosecco e os pandas na China?
Rebecca Shaw, cientista do Fundo de Defesa Ambiental, nos EUA, disse que transferências desse tipo têm "o potencial de ameaçar a sobrevivência da fauna e flora silvestres".
Ou, nas palavras de um estudo publicado por ela no periódico "Proceedings of the National Academy of Sciences", "os vinhedos exercem efeitos duradouros sobre a qualidade dos habitats e podem ter impacto importante sobre as fontes de água doce".
Além da introdução de fertilizantes e agrotóxicos esterilizantes, os vinhedos maduros "têm baixo valor de habitat para espécies nativas e são visitados com mais frequência por espécies não nativas". Shaw acredita que a chegada da agricultura de todos os tipos em terras antes frias e inóspitas deve se pautar em alguma medida por seu impacto sobre esses ecossistemas.
O setor vinícola já passou por mais de 15 anos de mudanças impostas pelo clima, que foram marcadas pelo cultivo de uvas em regiões antes frias demais e o estabelecimento de vinícolas como a Burrowing Owl Estate, na Colúmbia Britânica, e a Yaxley Estate, na Tasmânia.

Grafite absorve poluição do ar


Grafite absorve poluição do ar





arte de rua pode ajudar a melhorar a qualidade do ar nas cidades. Pelo menos, é o que promete o artista italiano Andreco. Ele é autor do projeto Philosofical Tree, que consiste nagrafitagem de árvores de 18 metros de altura nas ruas dos grandes centros urbanos para diminuir a poluição atmosférica.
Como? Andreco grafita as plantas com uma tinta especial que já é famosa no setor da construção civil. Chamada de fotocatalítica, ela reage ao entrar em contato com a radiação solar, sendo capaz de absorver do ar o monóxido de nitrogênio – gás poluente que contribui, entre outros fenômenos, para a chuva ácida . Segundo o artista, cada metro quadrado do seu grafite tem, para a natureza, o mesmo efeito de tirar oito carros das ruas. Está bom para você?
De quebra, o projeto do artista de rua italiano traz a presença das árvores de volta para as cidades. Ao grafitar as plantas artificiais nos muros, Andreco pretende chamar a atenção dos cidadãos para o fato de que há cada vez menos verde nos centros urbanos e incentivá-los a defender a presença da natureza nesses locais.
Por enquanto, o artista grafitou duas “philosofical trees”, nas cidades italianas de Bologna eTurin. A iniciativa faz parte do projeto Frontier, que busca destacar a importância da arte urbana para a sociedade. Curtiu?

Carro-bicicleta ecológico também usa energia solar

Carro-bicicleta ecológico também usa energia solar


Se você sempre quis pedalar para o trabalho, mas não vai de bike porque tem medo de enfrentar aquela ladeira íngreme no meio do caminho, o Elf é perfeito para você! Bem mais barato que um carro, ele é uma mão na roda para quem quer fazer atividade físicaeconomizar dinheiro e, melhor ainda, poupar o planeta.
O pequeno veículo é flex, mas não como aqui no Brasil. Movido à pedaladas – excelente exercício para quem quer ficar em forma! -, Elf também usa energia solar. As baterias têm outra facilidade: podem ser recarregadas tanto pelo sol, enquanto o carro está estacionado ao ar livre, quanto por uma tomada padrão, por apenas duas horas.
Desenvolvido pela Organic Transit, empresa norte-americana especializada em veículos ecológicos, o projeto do híbrido só conseguiu sair do papel graças ao financiamento coletivo, por meio do site Kickstarter. Aliás, o projeto agradou tanto que atingiu mais de 225% do valor pretendido. Legal, né?
Com três rodas, que garantem estabilidade e controle, o triciclo pode até sair das ciclovias e cair na estrada! Não se engane pelas aparências: apesar de ser compacto, Elf suporta até 136 quilos de bagagem. Só que aí, para se locomover, usando apenas eletricidade, ele chega no máximo a 32 km/h… Nem tudo é perfeito, oras! Mas esta opção é ótima para os países que não contam com grandes períodos de luz do sol.
Com energia solar equivalente a um galão de gasolina, Elf consegue rodar aproximadamente 2.900 km. Ótima opção para reduzir nossa dependência dos combustíveis fósseis e ajudar a proteger o meio ambiente, não? Segurança também foi uma das preocupações quando o produto foi desenhado. Portanto, ele conta com retrovisores, faróis, luzes traseiras e setas de LED.
Como disse acima, nem tudo são flores. O carro-bike foi feito sem portas e sem chão para preservar a sensação de liberdade, mas imagina como seria em um dia de chuva? O condutor ficaria encharcado! A empresa disse que está desenvolvendo acessórios que podem ser instalados no carro que garantem proteção contra chuva, mas ainda não tem previsão de lançamento.
Os primeiros cem modelos foram vendidos nesta semana por US$ 4 mil, e se esgotaram em apenas três dias. Agora, quem quiser comprar o Elf terá que encomendar e esperar até julho deste ano.
Quer ver o carro-bike em ação? Assista ao vídeo de divulgação, abaixo: